A pesquisa patrocinada pelo Ministério da Justiça, terá seus resultados apresentados em evento conjunto com as ONGs Viva Rio e Psicotropicus em 5 de agosto. Durante este encontro, com a participação de Ethan Nadelmann, diretor da Drug Policy Alliance, pesquisadores, juristas, políticos, profissionais da área de drogas e outros representantes da sociedade civil vão discutir as consequências e alternativas à guerra às drogas.
Assistam a reportagem da Globo News de Quarta-feira, 29/07/2009.
É muito triste ouvir de um médico, afirmações apenas baseadas em seus conceitos morais, senso comum e informações equivocadas. Dizer que a maconha é "porta de entrada" para outras drogas e a forma como respondeu a questão sobre os usos medicinais da maconha, demonstrou total desconhecimento sobre o assunto debatido (até o repórter me pareceu mais bem informado).
Equivoca-se também ao afirmar que o país não tem recursos para tratar o problema na esfera da saúde (quer dizer que na esfera penal tem?!)e que seria um erro seguir países como Inglaterra e Espanha, que já têm seus problemas de saúde pública resolvidos. Claro que o Brasil (ou o SUS) não tem condições de absorver toda a demanda por tratamento de dependência de drogas ou de álcool, da mesma forma que nem países como a Inglaterra tem. Mas daí a inferir que a descriminalização aumentaria os problemas de saúde, já foi longe demais. Gostaria de saber do Dr. Jairo, da onde ele tirou esta informação, já que todos os países que conheço que adotaram alguma forma de descriminalização só observaram benefícios, principalmente na redução do uso problemático.
Ao chamar alguém para dar uma opinião de especialista da área, a emissora deveria ter sido mais criteriosa. Não é só porque a pessoa é médica ou psiquiatra, que saberá basear suas respostas e opiniões em razão e ciência. Já estamos cansados de ouvir opiniões de pessoas desinformadas e que apenas disfarçam suas opiniões pessoais, geralmente de cunho preconceituoso, em argumentos científicos.