May 29, 2009

Força-tarefa contra o crack e FHC falando de descriminalização de drogas em Londres.




A maconha e o crack são as drogas que têm atraído mais a atenção da mídia nos últimos meses. O debate sobre a legalização da primeira e a epidemia do uso da segunda, foram temas abordados por vários programas de TV e assunto de notícias em jornais de todo o Brasil.

Nesta semana a rede RBS do Rio Grande do Sul lançou a campanha "Crack Nem Pensar", promovendo um debate entre autoridades locais e nacionais e especialistas da área. Com este estranho e contraditório nome a campanha pretende reunir a sociedade em torno do tema, para PENSAR e propor soluções para "erradicar o uso de crack no Rio Grande do Sul e Santa Catarina". Uma das principais estratégias da campanha publicitária é "chocar"a sociedade para que "não tenhamos mais nenhum só usuário de crack no futuro".

A chamada epidemia de crack que já dobrou de tamanho no último ano, pode chegar a tetraplicar (existe esta palavra?!) nos próximos anos, segundo projeções da Secretaria Estadual da Saúde. O debate teve participação do Ministro da Justiça, Tarso Genro que afirmou que "não há como tornar o país imune ao tráfico internacional". No segmento sobre tratamento os doutores Flávio Pechansky (H. Clínicas UFRS) e Irma Rossa (CAPS-AD) deram suas opiniões sobre o tratamento da dependência do crack e divergiram no que diz respeito à alegada necessidade de mais leitos para tratamento (Assista o vídeo).

A conclusão da RBS sobre o debate foi de que "a melhor estratégia é a de prevenir" e que "o papel das famílias é destacadamente o mais crucial e decisivo". Veja detalhes da campanha no site.

Enquanto isso acontecia em terras Tupiniquins, em Londres, nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dava mais uma entrevista em nome da Comissão Drogas e Democracia, desta vez para o The Gardian. O interessante foi encontrar duas notícias sobre a mesma entrevista com abordagens tão diferentes.

Na matéria original do The Gardian o título é "Maconha e cocaína devem ser legalizadas, diz a comissão de drogas Latino-americana. Mesmo sem ter visto aonde FHC fala de legalização e ainda mais da cocaína, achei interessante os trechos da entrevista destacados. Ressalta o elogio do ex-presidente ao combate ao HIV no Brasil, através da educação e distribuição de camisinhas, mesmo num país católico (como se no Brasil não tivesse algo bem mais ousado - a troca de seringas). FHC concluiu dizendo ainda: "Não podemos ter mais drogas zero, como não podemos ter sexo zero, mas podemos ter uma política de sexo seguro", será este um apoio às políticas de redução de danos?!

No artigo, sobre a mesma entrevista, publicado no Brasil pelo O Globo, com o título: "Em Londres, Fernando Henrique defende descriminalização das drogas", as propostas de FHC nos parecem bem mais conservadoras. Destaque principal à proposta de "mudança de paradigma", que em outras palavras, quer dizer apenas que "os usuários deveriam ter acesso a tratamento e não à prisão".

Enfim, o importante é que este assunto está sendo mais amplamente debatido pelas autoridades e especialistas e mais divulgado para toda a sociedade através da mídia.

O nosso papel será sempre o de informar e tentar corrigir idéias inaceitáveis como a do chefe de Polícia do Estado do RS, João Paulo Martins, que afirmou que "a tolerância da legislação ao não prever mais a prisão do dependente acabaria estimulando o tráfico". Ainda bem que este foi o ponto que mais gerou controvérsia entre os debatedores do Painel RBS.


May 28, 2009

Nesta sexta (29) : Debate sobre a Descriminalização da Maconha


AO VIVO E INTERATIVO


Opine ao vivo, sexta (29), às 13h, na WEB


Acesse www.canalsaude.fiocruz.br ou envie perguntas para canal@fiocruz.br



O Sala de Convidados, do Canal Saúde/Fiocruz, sexta-feira (29), às 13h, debate a descriminalização da maconha. De acordo com a ONU, no Brasil há mais de 3 milhões de usuários. Para a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, os danos causados não são maiores que os provocados pelo álcool ou tabaco, no entanto admitem que a droga pode prejudicar a saúde mental. Quais devem ser os parâmetros para debater a descriminalização da maconha no Brasil?


O público poderá esclarecer dúvidas ao vivo pela WEB, no chat, ou assistindo pela NBR e ligando 0800 701 8122. Se preferir, pode antecipar a pergunta pelo e-mail canal@fiocruz.br


Convidados – para debater o tema com internautas e telespectadores, estarão no estúdio: o coordenador do Centro Brasileiro de Políticas de Drogas, Luiz Paulo Guanabara; a diretora da Associação Internacional de Redução de Danos, Mônica Gorgulho; e o coordenador geral da Aliança Redução de Danos Fátima Cavalcanti, na Bahia, Tarcísio Andrade.


Maconha – No Brasil, desde 2006, quem é flagrado com drogas para uso pessoal não pode mais ser preso. Mas, o ato continua sendo criminoso tendo o usuário que cumprir penas alternativas. Em março, a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia divulgou documento onde afirma que a política de proibição às drogas, baseada na repressão, falhou. Como alternativa, a comissão sugere, entre outras ações, a descriminalização da posse da maconha para consumo pessoal.


Durante o programa, conheça um Centro de Atenção Psicossocial, referência no tratamento de dependentes químicos, onde a maconha é usada na estratégia de redução de danos para os prejuízos causados por outras drogas.


Sala de Convidados – Na internet, acesse o canal saude da fiocruz, clique na TV com a inscrição “ao vivo” e participe a partir do chat associado à transmissão. Se preferir, antecipe suas perguntas: canal@fiocruz.br. No caso da televisão, é necessária uma antena parabólica conectada ao aparelho. Para saber como sintonizar a NBR em sua cidade, acesse o http://www.radiobras.gov.br/estatico/tv_nbr_sintonize.htm. O Sala de Convidados é apresentado por Renato Farias.


Assessoria de Comunicação – Canal Saúde/Fiocruz



May 26, 2009

Weed - Nova Temporada - Breve História da Maconha

Para anunciar a nova temporada da série americana Weed, o Showtime preparou um clip sobre a história da moconha desde 2727 AC. O vídeo mostra a maconha chegando ao novo mundo através de Cristóvão Colombo e tomando conta da América.






Desde 1619 quando foi exigido que os novos colonos plantassem cannabis (até o presidente Washington chegou a ter uma plantação), passando por Ford, que produziu um dos seus modelos com plástico feito da cannabis em 1908, até a proibição em 1937.

Em 1965 1 milhão de americanos já havia experimentado a maconha e em 1972 esse número subiu para 24 milhões. E em conseqüência da guerra às drogas, declarada por Reagan em 1980, a cada 38 segundos alguém é preso por violar as leis contra a maconha e, ainda assim, hoje a maconha é considerada o plantio mais lucrativo da América, rendendo 36 bilhões de dólares por ano.


House of Cards - Any resemblance to reality is NOT pure coincidence.

Underwood's speech in House of Cards shows astonishing resemblance to Bush's address to the Congress in 2001 when the War on Terror...